Artigo de Maurício Mellone, editor do Favo do Mellone site parceiro do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)
Sob a direção de Jurij Alschitz, os mineiros apresentam
Eclipse espetáculo inspirado nos contos do dramaturgo russo, em que um grupo fica preso numa sala durante um eclipse solar e refletem sobre a vidaSÃO PAULO – De volta a sua “Viagem a Chékhov”, o grupo mineiro Galpão está em cartaz no SESC Vila Mariana com mais um espetáculo sobre o universo do dramaturgo russo. No final do ano passado a companhia apresentou o clássico Tio Vânia (aos que vierem depois de nós) e, desta vez, o mergulho na obra do autor foi mais profundo. Sob orientação do diretor russo Jurij Alschitz,os atores pesquisaram e leram peças e contos de Chékov para criarem o espetáculo Eclipse. Reclusos numa ampla sala durante o período de um eclipse solar, cinco pessoas refletem sobre a existência humana, discutindo temas de relevância para cada um de nós, como fé, felicidade, solidão, caos.
Por uma grande porta transversal ao palco e um potente foco de luz, os atores entram em cena e anunciam que dentro de instantes um eclipse solar vai acontecer. Ansiosos e alegres com a iminência do peculiar fenômeno natural, os dois homens e as três mulheres começam a divagar, primeiro sobre o eclipse e a reação que ele traz às pessoas; depois as reflexões começam a se tornar mais profundas e agudas. Com o início do eclipse, a porta se fecha e por uns instantes há a escuridão, mas aos poucos a luz ambiente se restabelece e as discussões começam a tomar outros rumos. As reflexões sobre a condição de vida propostas pelo grupo preso na sala têm como base os contos de Chékhov. Continue lendo