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Fernanda Montenegro apresenta Simone de Beauvoir em CEUs

5 jun

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil/ iG (Michel@aplausobrasil.com)

Fernanda Montenegro dá vida à Simone de Beauvoir

SÃO PAULO – Uma artista maiúscula vai onde o povo está, assim o é Fernanda Montenegro, a grande dama do teatro brasileiro. Com ingressos esgotados desde o princípio do anúncio da primeira temporada paulistana, no SESC Consolação; ano passado retornou no Teatro Raul Cortez com preços menos acessíveis e, de hoje ao dia 22 de junho, leva aos CEUs (Centro Educacional Unificado) o solo Viver Sem Tempos Mortos em que vive a primeira-dama do existencialismo, Simone de Beauvoir.

Sob direção de Felipe Hirsch e com ambientação cenográfica de Daniela Thomas, ela narra fatos da vida de Beauvoir, revolucionária que modificou os parâmetros do universo feminino. Romancista premiada, teve um casamento aberto com Jean-Paul Sartre.

A estreia dentro do projeto CEU é Show se deu na unidade Rosa da China,zona leste de São Paulo, e, a cada noite, a atriz estará em um CEU diferente. São eles: Meninos, Aricanduva, Parque São Carlos, Parque Veredas, Vila Curuça, Butantã, Campo Limpo, Casa Blanca e Paz. As apresentações são sempre às 19h30. Continue lendo

Marco Nanini dá vida a pai e filha em peça dirigida por Felipe Hirsch

18 mar

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

CarolSachs__Pterodáctilos

"Pterodáctilos" foto de Carol Sachs

Chega hoje à São Paulo, no Teatro Faap, a temporada de Pterodátilos, de Nick Silver, dirigida por Felipe Hirsch, espetáculo que traz o ator Marco Nanini vivendo o papel da adolescente Ema e de seu pai Artur.

A família de Artur, um presidente de banco, e Grace, uma dona de casa alcoólatra, é chacoalhada pelo retorno do filho mais velho (Todd), o eminente casamento da caçula Ema com o namorado transformado em empregada (Tom), o desemprego do pai e a descoberta de ossos no subsolo da casa em que moram.

Comédia violenta e provocadora, a peça trata de uma família rica e disfuncional rumo à extinção, e, por extensão, à extinção da espécie. Alcoolismo, depravação sexual, violência, abandono e outros temas tabus ganham uma entonação coloquial através do humor dilacerante e dos diálogos curtos e diretos de Nicky Silver. Continue lendo

Travesties estreia no Festival de Curitiba

28 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

Montagem norte-americana de <i>Travesties</i>

Montagem norte-americana de Travesties

Por problemas de produção, ano passado, o Festival de Curitiba não foi palco da estreia nacional de Rock and Roll (2006), do inglês Tom Stoppard, conforme anunciamos. Mas os que admiram o trabalho do autor de Rosencrantz e Guildersten Estão Mortos terá sua recompensa na edição 2010 do Festival, com um texto de 1970 de Stoppard, conhecido pela massa depois do filme Shakespeare Apaixonado, com a estreia nacional de Travesties.

Encenado por Caetano Vilela, Travesties é o primeiro trabalho sem a direção de seu fundador, Gerald Thomas, que disse ter desistido do teatro: a Cia. Ópera Seca, criada em 1985. O enredo se passa na época da Revolução Russa, em Zurique, na Suíça, e mescla à ficção encontros nunca acontecidos entre personagens que são parte do pensamento intelecto-artístico e social do século 20, além do diálogo meta teatral com a peça do irlandês Oscar Wilde, A Importância de Ser Prudente e os respectivos personagens dessa farsa.

A peça estreará no palco do Teatro Guairá, mas o diretor Caetano Vilela (que acaba de sofrer um assalto à mão armada, dentro de um estacionamento, e perder seu carro) ainda busca patrocínio para temporada em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Do Começo ao Fim: ausência de conflitos indica desejo utópico

2 dez

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

 

 

 

Francisco e Thomás, amantes, irmãos

Francisco e Thomás, amantes, irmãos

 

Incomodo até aos mais acostumados aos temas que envolvem algum tabu, que dirão os moralistas-de-plantão?, o novo longa-metragem, de Aluízio Abranches, Do Começo ao Fim, coloca na telona o incesto e um relacionamento gay como temas de fundo. À medida que notamos a ausência de conflitos, que direcionaria o filme ao realismo cotidiano, mais nos convencemos estar diante de um manifesto do cineasta para a celebração de temas tabus, para quase todos os círculos sociais, de maneira natural. No foco do discurso cinematográfico está o Amor.

 

 

A questão do Amor que cresce do simples afeto entre os meio-irmãos, Francisco e Thomas, a sua efetiva identidade sexual não ecoa em conflitos familiares e/ ou sociais o quê, por um lado foge do lugar-comum que uma dose de realismo acarretaria, isso porque temas como homossexualidade e, mais ainda, não são aceitos com tanta facilidade. A opção de Aluízio Abranches não é, sobremaneira, a discussão da sexualidade nem de qualquer ponto polêmico da estrutura social – se a intenção for essa, o roteiro se revela quebradiço e insatisfatório –, mas provocar o espectador pessimista, descrente das relações inter-pessoais, de que a única possibilidade de seu fracasso reside no próprio agente da relação.  Continue lendo