Maurício Mellone, especial para o Favo do Mellone – parceiro do Aplauso Brasil (mellone@aplausobrasil.com)
Em O And@nte, o ator construiu o texto costurando pensamentos, poesias e ideias, tanto suas como de vários poetas, escritores e filósofos. O figurino e o carrinho do andarilho também foram feitos por ele
SÃO PAULO – Exemplo de entrega absoluta à arte do tablado. Este é o retrato de Elias Andreato, revelado em cada trabalho a que se propõe. E em O And@ante, em cartaz no Teatro Eva Herz, esta entrega só se evidencia: o ator encara seu oitavo solo, é o responsável pelo texto, pela direção, compartilhada com André Acioli, além do cenário e figurino. E tudo isto para dar vida a um andarilho, que ao invés de catar objetos e quinquilharias por onde passa, recolhe palavras, pensamentos, poesia e reflexões em busca do conhecimento.
Vivenciamos um momento de elevação e contentamento: depois de assistirmos ao solo O And@ante, Elias Andreato, após as apresentações, volta ao palco e conta ao
espectador como se deu a composição e elaboração do espetáculo. Disse como costurou pensamentos de diversos autores, como poetas, escritores, dramaturgos e filósofos e como foi buscar inspiração em artistas como Arthur Bispo do Rosário assim como em andarilhos e mendigos das nossas ruas para compor o personagem. Ele dividiu ainda com os espectadores suas angústias, anseios e expectativas diante do mundo atual: Continue lendo