Arquivo | dezembro, 2011

Vem aí o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro

29 dez

Logotipo do Aplauso Brasil criado por Rogério Trajano há mais de 9 anos

Na primeira semana de janeiro de 2012 daremos mais detalhes, por hora seguem as categorias do Prêmio Aplauso Brasil de Teatro.

Votos apenas de internautas

Melhor Twitter ou site-divulgação de teatro

Melhor estratégia de produção

Melhor programação de festivais de teatro

Revelação Fora do Eixo Rio-São Paulo

Projeto Facilitador de Acesso Financeiro e/ ou Dirigido a Deficientes Físicos

Projeto Artístico

Votos internautas e jurados

Espetáculo  de grupo

Espetáculo Produção Independente

Luz

Figurino

Cenografia/ Direção de Arte

Ator

Atriz

Dramaturgia

Direção

Destaque do ano

Especial

O Aplauso Brasil homenageará um artista não concorrente em cada edição do Prêmio.

As marcas de 2011, só algumas

29 dez

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

"Luís Antonio - Gabriela", da Cia Mungunzá. Na foto o ator Marcos Felpe

SÃO PAULO – Inevitável ser injusto e esquecer algum espetáculo, dentre aqueles a que assisti neste 2011, e deixá-lo de fora no artigo que segue: minhas sinceras desculpas desde já. Destacarei abaixo alguns espetáculos e artistas que marcaram a cena desse ano.

Ainda no primeiro semestre, Luís Antônio – Gabriela, da jovem Cia. Mungunzá, deixou marcas indeléveis e angariou sucessivas – e merecidas – temporadas de sucesso, louros da crítica, indicações a prêmios (só ao Shell foram cinco), culminando na vitória do Prêmio da Associação Paulista de  Críticos de Arte (APCA) como o melhor espetáculo teatral de 2011. Escrita e dirigida por Nelson Baskerville, que utilizou elementos biográficos como depoimentos de familiares, documentos, lembranças, entre outros elementos, para conceber um espetáculo-homenagem a seu irmão Luís Antonio que, no final dos anos 1980, embarcou para Bilbao (Espanha) como Gabriela e conquistou o auge na noite espanhola e o declínio depois de viciar-se e contrair o HIV.

A forma documental e, ao mesmo tempo, artesanal como o espetáculo é construído/ executado aos olhos do público – mesmo que a alguns minutos antes do fim, se torne um tanto prolixo  -, afasta o tom melodramático que, em geral, é tratado o tema e atinge o apogeu da cumplicidade personagem/ plateia: choramos as chagas míticas da diferença recusada de Luís Antonio Gabriela.

Só faltou um prêmio especial ao ator Marcos Felipe que dá o vigor e a exuberância à/ ao protagonista e tornou  a viagem, aos estertores dessa ficção X verdade, inesquecível.

Jarbas Homem de Mello e Claudia Raia em "Cabaret"

Divide a bonança da temporada 2011 na categoria espetáculo, segundo o que assisti, o musical (peço perdão à inteligentsia, mas gosto é gosto e o meu tem critérios artísticos) Cabaret, de Joe Masteroff, músicas de John Kander e  letras de Fred Ebb, sob magistral direção de José Possi Neto, cujo portentoso conjunto artístico deixará sua marca na antologia do teatro musical realizado no Brasil.

Protagonizado pela Diva Claudia Raia, que dá maturidade e peso dramático à Sally Bowles, e por Jarbas Homem de Mello, que imprime uma especial androginia à Dzi Croquettes em seu sarcástico MC, o Cabaret conta ainda com a tímida, porém, eficaz presença de Guilherme Magon na pele de Cliff, as primorosas presenças de Marcos Tumura (Herr Schultz) e Liane  Maya (Fraulein Schneider), cenografia deslumbrante de Chris Aizner, iluminação impecável de Paulo César Medeiros, excelente direção mmusical de Marconi Araújo, deslumbrantes figurinos de Fábio Namatame, impecável e poética ver são brasileira de Miguel Fallabela, notáveis bailarinos e elenco de apoio, enfim, um conjunto de indiscutível qualidade.

Ainda no primeiro semestre, as presenças de Pterodátilos – com interpretações marcantes de Mariana Lima, Marco Nanini e Álamo Facó, além da sintética direção de Felipe Hirsh e do engenhoso cenário de Daniela Thomas –, Deus da Carnificina – instigante obra da dramaturga francesa Yasmina Reza em direção simples, porém notável, de Emílio de Mello  e brilhante composição da atriz Júlia Lemmertz – e o monólogo O Estrangeiro­ – adaptação do romance de Alberto Camus dirigida por Vera Holtz e excelente interpretação de Guilherme Leme – garantiram aos paulistanos a boa safra do teatro produzido no Rio de Janeiro. Continue lendo

Lembrando de Rodolfo Bottino

29 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplausobrasil.com)

O ator Rodolfo Bottino morreu no último dia 11

SÃO PAULO – Há poucos dias assistindo ao ótimo espetáculo Cartas de Amor-Eletropoprockoperamusical, eu lembrei de Rodolfo Bottino que faleceu no último dia 11. Explico a associação: Cartas de Amor em seu final oferece ao espectador um delicioso prato oferecido pela atriz Dedina Bernardelli. E isso me fez lembrar Rodolfo que, na década de 1990, começou a criar espetáculos que juntavam teatro e gastronomia.

Acho a trajetória de Rodolfo uma das mais singulares que conheci. Ele surgiu nos anos 1980 como o jovem e lindo galã de novelas como Ti Ti Ti e séries como Anos Dourados. Em 1993 lembro-me de ter rido muito com o seu talento cômico interpretando o faxineiro Nilson (que não sabia “qual era o masculino de ovelha?”) na excelente peça de Miguel Falabella No Coração do Brasil

Depois, Rodolfo passou a se dedicar com mais ênfase ao seu talento gastronômico. Teve um programa de sucesso o Gema Brasil, onde entrevistava uma personalidade, enquanto preparava uma comida. Data desta época o seu espetáculo que unia teatro com gastronomia, uma criação dos seus amigos Luis Salém e Stella Miranda. Continue lendo

Nana Caymmi faz shows com novidades no SESC Vila Mariana

28 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplasobrasil.com)

Nana Caymmi celebra meio século de carreira

SÃO PAULO – Para comemorar os seus 50 anos de carreira, a cantora Nana Caymmi sobe ao palco do Teatro do SESC Vila Mariana, em São Paulo, para uma série de shows nos dias 06, 07 e 08 de janeiro. O repertório especial para os espetáculos revisa toda a sua trajetória artística, acompanhada de composições de Tom Jobim, Roberto Carlos, e de seu pai, Dorival Caymmi.

Para esta apresentação a artista será acompanhada dos músicos Cristovão Bastos (piano e arranjos), Lula Galvão (Violão), Carlos César Mota (Bateria) e Jamil Joanes (Baixo).

Filha de Dorival Caymmi e Stella Maris, irmã de Danilo e Dori Caymmi, Nana Caymmi cresceu numa das famílias mais musicais do Brasil. Começou a cantar ainda muito jovem, adotando desde cedo uma técnica particular para valorizar seu timbre grave. Em 1963 gravou seu primeiro LP e em 1966 venceu o I Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta). Após um hiato de oito anos sem gravar, lançou, em de 1975, o LP Nana Caymmi (CID) e no ano seguinte Renascer. Continue lendo

Djin Sganzerla traz de volta O Belo Indiferente

28 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplausobrasil.com)

"O Belo Indiferente"

SÃO PAULO – A temporada teatral 2012 já tem data de retorno: dia 05 de janeiro, sexta-feira. Sucesso de público e crítica, Djin Sganzerla prorroga a temporada de O Belo Indiferente, escrita por um dos maiores artistas franceses de todos os tempos, Jean Cocteau, no Espaço Beta (3º andar) do SESC Consolação.

Escrita para a grande intérprete da música francesa, Édith Piaf, O Belo Indiferente é um monólogo com dois personagens: Ela e Ele. Ela fala e Ele se cala. Durante uma madrugada, uma cantora espera seu amor em um quarto de hotel. Luzes dos letreiros luminosos da rua iluminam a cena. Ela anda agitada, espreita pela janela, ouve os ruídos do elevador e os barulhos no corredor. Telefona a amigos comuns e nenhum vestígio dele.

O telefone toca. A irmã de Emilio, maliciosamente, quer saber se ele já chegou. A mulher, por orgulho, afirma que ele está no banho e não pode atender. Emilio, enfim, chega! Sem dizer uma palavra, anda pelo quarto, deita-se na cama e lê, tranqüilamente, seu jornal. Ela tenta por todos os meios atrair sua atenção, mas nenhuma estratégia é suficiente: ironia, raiva, sedução, confidências, denúncias, ameaças. Será que ele romperá essa indiferença silenciosa? Continue lendo

Razões Inversas celebra 21 anos apresentando seu repertório

27 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplausobrasil.com)

"Agreste" - Cia. Razões Inversas

SÃO PAULO – Uma das mais premiadas companhias teatrais do Brasil, a Cia. Razões Inversas, criada pelo diretor Marcio Aurelio e pelo ator Paulo Marcello, celebra seus 21 anos, ou seja, sua maioridade, apresentando quatro espetáculos de seu repertório que marcaram a trajetória da companhia. A partir de 07 de janeiro, o Espaço Parlapatões receberá as montagens A Bilha Quebrada, Agreste, A Ilusão Cômica e Anatomia Frozen. Os espetáculos serão apresentados até o dia 24 de março, com sessões sempre de terça a domingo.

Mostra

No mês de janeiro, o palco dos Parlapatões receberá os espetáculos durante a semana da seguinte maneira: Agreste, terças e quartas (21h); A Ilusão Cômica, quintas e sextas (21h) e aos sábados (21h) e domingos (20h), A Bilha Quebrada. Já Anatomia Frozen será apresentada aos sábados, à meia-noite.

Marcio Aurelio (centro) e elenco "A Ilusão Cômica" foto Denise Braga.

A partir de fevereiro, até o final da mostra, haverá uma mudança na grade: Agreste e A Bilha Quebrada passam a ter uma única sessão por semana, terças e quartas, respectivamente, e A Ilusão Cômica será às quintas e sextas (21h). Nesse mesmo período, a mostra da Razões Inversas divide espaço com os espetáculos dos Parlapatões aos finais de semana, mantendo Anatomia Frozen à meia-noite.

PROGRAMAÇÃO

A BILHA QUEBRADA

Foi o espetáculo que projetou a companhia na cena teatral de São Paulo, em 1993, recebendo três indicações para o Prêmio Shell , uma indicação para o prêmio Mambembe e duas outras para o APETESP. Continue lendo

Leia entrevista exclusiva com o cenógrafo Márcio Vinicius

27 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplausobrasil.com)

Márcio Vinícius no cenário de "Hécuba"

SÃO PAULO – Discípulo de Gabriel Villela, com quem trabalha há mais de 10 anos, Márcio Vinicius tem conquistado tanto o mundo artístico como o corporativo com sua recém-inaugurada Mais Cenografia. Em cenários para teatro (HécubaCrônica da Casa Assassinada, etc), empresas (Lojas Marisa e Riachuelo) e eventos (Colégio Vértice), Márcio Vinicius faz questão de trabalhar pela inclusão social. Um dos meninos de seu galpão é ex-presidiário. No passado, preso por tráfico de drogas, hoje é apresentado a uma profissão e aprende a trabalhar com motivação e pró-atividade. Marcio Vinicius também investe na carreira de novos profissionais, sempre contratando recém-formados para a equipe.

Em entrevista exclusiva ao Aplauso Brasil, Márcio Vinicius fala sobre seu trabalho com Gabriel Villela e a Mais Cenografia.

Aplauso Brasil – Como surgiu a parceria com Gabriel Villela?

Márcio Vinicius – No sentido poético nossa parceria surgiu em 2000 ao ver a Ópera do malandro no TBC, quando acabou o espetáculo eu pensei: “Se vim para São Paulo para continuar a fazer teatro, este é o teatro que quero”. No sentido concreto em 2003 quando Gabriel me convidou para fazer o Auto da Liberdade, em Mossoró. Foi uma das experiências mais fantásticas que tive, Gabriel confiou em mim e deu liberdade para trabalhar com os artesãos de Mossoró. Foi uma confiança mútua, e ele só me conhecia por ver meu trabalho no Espaço Cenográfico do Serroni.

AB – Gabriel é um diretor bastante autoral. Como você trabalha a criação da cenografia nos espetáculos dele? Continue lendo

Confira o quadro de Fernando Castioni inspirado em novela de Kafka

22 dez

A novela O Veredicto, de Franz Kafka, escrita em 1912, serviu de inspiração para o quadro desse grande pintor, Fernando Castioni, que reproduzimos abaixo.

Quadro de Fernando Castioni inspirado na novela "O Veredicto", de Franz Kafka

Jarbas Homem de Mello introduz estética Dzi Croquettes

22 dez

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

Jarbas Homem de Mello e Claudia Raia em "Cabaret"

SÃO PAULO – Naturalmente os Deuses do teatro abençoaram a atual montagem de Cabaret, musical de Joe Masteroff, dirigido por José Possi Neto, em que tudo é orquestrado com maestria. E, para estar à altura da exuberante interpretação de Claudia Raia para Sally Bowles, Jarbas Homem de Mello, o MC (Mestre de Cerimônias), enfrentou desafio maiúsculo em sua carreira e o resultado superou a dificuldade: o ator imprime ao personagem um tom andrógino que nos remete à estética dos Dzi Croquettes.

A leitura da peça por José Possi Neto, aliás, é plena de referencias ao estilo do Dzi Croquettes, grupo de dança-teatro nascido nos anos 1970 e formado por atores-bailarinos ou vice-versa cujas características principais, registradas magnificamente no documentário homônimo de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, são, além da sátira ao status político atual (no caso de Cabaret, à figura de Hitler que estava em ascensão) e ao travestimento  (os saltos altos usados pelos bailarinos do KitKat Club), a plástica sensual e ousada que os Dzi Croquettes – representantes natos da contracultura – utilizavam, colocando a virilidade de corpos masculinos em situações referentes a um universo homossexual de uma Berlim em que se podia ser o que se era.

A concepção de Jarbas está, pois, prenhe dessa androginia e, Continue lendo

Em janeiro tem Casa, Comida e Alma Lavada!

21 dez

Luís Francisco Wasilewski, especial para o Aplauso Brasil (lfw@aplausobrasil.com)

SÃO PAULO – Casa, Comida e Alma Lavada! é uma comédia que tem como mote o relacionamento de Tânia Mara e Luís Alberto, casados há muitos anos. Sob a direção Carlos Capelleti, os atores Nicolle Spinillo e Renato Papa buscam fazer o público rir dos conflitos da vida a dois a partir do dia 14 de janeiro no Teatro Ruth Escobar.

A peça aborda a dinâmica da relação amorosa e a transformação do casal, desde o romantismo açucarado do namoro até a implicância com as manias e os defeitos do cotidiano.

Serviço

Casa Comida e Alma Lavada!

Elenco – Renato Papa e Nicolle Spinillo

Texto – Américo Nouman Jr. e Ricardo Tibau

Produção – Renato Papa Produções

Direção – Carlos Capelleti

Gênero – Comédia

Teatro Ruth Escobar

Rua dos Ingleses, 209 – Bela Vista – São Paulo

Fone – (11) 3289-2358

Ingressos – 50,00 (inteira) e 25,00 (meia-entrada)

Estreia dia 14 de janeiro / temporada até 28 de abril 2012/ Sábados às 19h

Duração – 75 mim

Faixa etária – 12 anos

Lotação da sala – 300 Lugares

Não tem área para fumantes

Aceita cheques de São Paulo

Não aceita reservas / Ar condicionado / acesso para portadores de necessidades especiais / café / Estacionamento conveniado e próximo ao teatro c/manobrista – R$15,00