Arquivo | janeiro, 2010

Novidades no Teatro Oficina

30 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

Zé Celso celebra alta em cena

Zé Celso celebra alta em cena

Além da re-estreia de Taniko – O Rito do Mar, adaptação de um texto clássico do Nô Japonês, para apenas dois finais de semana de temporada, a briga entre o Oficina Uzyna Uzona e o Grupo Silvio Santos parece estar próxima do fim. Pelo menos é o que a colunista Mônica Bergamo noticiou em seu espaço no jornal Folha de São Paulo e que está reproduzido no blog do Oficina Uzyna Uzona.

Segundo a colunista, “o Grupo Silvio Santos negocia a venda do terreno anexo ao Teatro Oficina, na Bela Vista, o que encerraria uma polêmica de vários anos“. Sabe-se que, desde que o Grupo Silvio Santos anunciou a construção de um Shopping Cultural na região, Zé Celso, diretor, autor, ator e um dos fundadores do Oficina, batalhou pela não concretização do Shopping e, agora, do condomínio residencial que o Grupo Silvio Santos pretendia erguer por ali, alegando que os empreendimentos seriam”prejudiciais” ao teatro.

Ao ler a nota, liguei imediatamente para Marcelo Drummond, ator e diretor que, juntamente com Zé Celso, é um dos responsáveis pela fase Uzyna Uzona do Oficina, que alegou saber da novidade ao ler a coluna de Mônica Bergamo e, se o fato se concretizar, ficará realizado como Zé Celso que se recupera de uma cirurgia em que colocou um marcapasso. Continue lendo

Travesties estreia no Festival de Curitiba

28 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

Montagem norte-americana de <i>Travesties</i>

Montagem norte-americana de Travesties

Por problemas de produção, ano passado, o Festival de Curitiba não foi palco da estreia nacional de Rock and Roll (2006), do inglês Tom Stoppard, conforme anunciamos. Mas os que admiram o trabalho do autor de Rosencrantz e Guildersten Estão Mortos terá sua recompensa na edição 2010 do Festival, com um texto de 1970 de Stoppard, conhecido pela massa depois do filme Shakespeare Apaixonado, com a estreia nacional de Travesties.

Encenado por Caetano Vilela, Travesties é o primeiro trabalho sem a direção de seu fundador, Gerald Thomas, que disse ter desistido do teatro: a Cia. Ópera Seca, criada em 1985. O enredo se passa na época da Revolução Russa, em Zurique, na Suíça, e mescla à ficção encontros nunca acontecidos entre personagens que são parte do pensamento intelecto-artístico e social do século 20, além do diálogo meta teatral com a peça do irlandês Oscar Wilde, A Importância de Ser Prudente e os respectivos personagens dessa farsa.

A peça estreará no palco do Teatro Guairá, mas o diretor Caetano Vilela (que acaba de sofrer um assalto à mão armada, dentro de um estacionamento, e perder seu carro) ainda busca patrocínio para temporada em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Teste elenco musical RJ

26 jan

Seleção de atores para espetáculo musical jovem com estréia para primeiro
semestre de 2010.

Homens entre 20 e 25 anos com conhecimentos sólidos de canto e dança.

Para maiores informações enviar currículo e foto para um dos emails abaixo.

cia.muitofranca@yahoo.com.br /
cia.muitofranca@oi.com.br

Abs.

Rodrigo Dias – Ator

Convencional imperdível

25 jan

Maria Lúcia Candeias, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

<i>Estranho Casal</i>, de Neil Simon, direção de Celso Nunes

Estranho Casal, de Neil Simon, direção de Celso Nunes

Neil Simon é o autor mais bem sucedido da Broadway. É claro que quem só gosta dos experimentais, off e off off Broadway, não o valoriza tanto assim e até chama suas peças de teatrão.

Mesmo nesse caso, talvez não devesse deixar de ir ao Teatro Folha para assistir Estranho Casal, ainda que já tenha visto no cinema ou no teatro. A direção de Celso Nunes é perfeita e não é à toa. Afinal o grupo do Celso, o Pessoal do Vitor, ficou famoso nos anos 1970, pois foi dos primeiros a montar texto surrealista. Esteve na vanguarda dos anos 1970 e hoje, como todos nós com o tempo, ficou mais convencional, quando as inovações são incorporadas por todos. Além da brilhante carreira de encenador, foi quem fundou o Departamento de Artes Cênicas da Unicamp, aposentado, virou Rolfista,  ou seja, terapeuta corporal. Continue lendo

Cia. Estrangeira de Teatro Brasileiro seleciona atores

25 jan

O autor João Fábio Cabral

O autor João Fábio Cabral

Atores e Atrizes para seu novo espetáculo:

Tempo Não Para Minha Flor de João Fábio Cabral e Direção de Tiago Moraes.

Perfil: Ator/Atriz com DRT e idade aparente de até 25 anos.

Ensaios: De 01 de Fevereiro à 30 de março de 2010 – de segunda à quinta sempre das 19h às 23h.

O espetáculo ficará em cartaz de abril à junho de 2010 no Espaço dos Satyros e a remuneração será através da porcentagem da bilheteria, projeto ainda em fase de captação de recursos.

Os interessados deverão enviar currículo com foto (atual) até 29/01 para o e-mail:

teatrofilosproducoes@gmail.com

Os pré-selecionados serão convidados para uma leitura no dia 30/01(sabado)

Seleção de coro em SP

25 jan

Mito de Prometeu inspira novo espetáculo da <i>Cia. Balangan</i>

Mito de Prometeu inspira novo espetáculo da Cia. Balangan

A Cia Teatro Balagan seleciona atrizes acima de 45 anos, que gostem de cantar e dançar para participar do coro de seu próximo espetáculo Prometheus Nostos (sobre o mitode Prometeu).

O próximo encontro acontecerá 3ª feira, 26 de janeiro, às 16 horas e 30 minutos, na sede da Cia.

As interessadas devem entrar em contato conosco via email ( ciateatrobalagan@hotmail.com ) ou pelo telefone (11) 3667-4596.

A sede da Cia fica na Al. Olga, 444 – Barra Funda, bem perto do metrô Barra Funda.

Antunes virou dramaturgo

21 jan

Maria Lúcia Candeias, especial para o Aplauso Brasil

Antunes Filho escreve musical em homenagem a Lamartine Babo

Antunes Filho escreve musical em homenagem a Lamartine Babo

Consagrado encenador brasileiro, Antunes Filho estreou na dramaturgia com a peça Lamartine e se saiu muito bem. Não foi pesquisar minuciosamente a vida de Lamartine Babo, grande compositor popular (1908/1963) de sucessos eternos como Eu Sonhei que Estavas Tão Linda, O Teu Cabelo Não Nega, Linda Morena, No Rancho Fundo, bem como hinos para campeões do futebol carioca como “uma vez flamengo, flamengo até morrer”. Compôs também para um time gaúcho entre outros. Mas é como sambista e mestre das marchinhas que está enfocado no ótimo texto curto.

Como não poderia deixar de ser, trata-se de um excelente musical com a maior parte do elenco se apresentando em coro e cantando lindamente sob direção de Fernanda Maia. E não é á toa, pois foi ela, juntamente com Zé Henrique da Paula, quem primeiro transformou Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues, em teatro musicado.

É imperdível. Mesmo sem a direção de Antunes que confiou a tarefa a Emerson Danesi que deu bem conta do recado. Coisas do CPT (Centro de Pesquisa Teatral do Sesc Consolação) que tem formado bons profissionais.

Vale destacar que todos esses acertos se devem sem dúvidas à impecável interpretação do elenco que traz nos papéis centrais Sad Medeiros, Adriano Bolsch e especialmente Marcos de Andrade que faz um Silverinha (ou seria um Lamartine?) com perfeição. Continue lendo

Zé Celso sai do centro cirúrgico cantando

19 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

zePolêmico e irreverente desde sempre, José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, patrimônio do teatro brasileiro, saiu cantando do centro cirúrgico do Hospital Sírio-Libanes onde se submeteu a uma cirurgia para a colocação de um marca-passo.

“O Zé (Celso) saiu do centro cirúrgico cantando, mas mais mole e meio engruvinhado por causa da morfina, ele teve dores no ombro, pós operação, normal disseram as enfermeira, Eu ansioso tomei um rivotril, relaxei, esqueci”, disse Marcelo Drummond, ator, diretor e companheiro de Zé Celso no Oficina Uzyna Uzona.

Evoé Zé Celso e breve recuperação!

Zé Celso coloca marca-passo nesta segunda

17 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

Zé Celso

Zé Celso

Segunda-feira passada soube da internação de José Celso Martinez Corrêa, por Marcelo Drummond, ator e diretor que vive com Zé Celso, antes mesmo da equipe médica, chefiada pelo doutor Roberto Kalil, diagnosticar a necessidade da colocação de um marca-passo para controlar aritmia cardíaca de Zé.

A cirurgia para a colocação do marca-passo está marcada para esta segunda-feira (18), no Hospital Sírio-Libanês, e segundo Marcelo Drummond informou, ele deve receber alta na quinta (21).

“O marca-passo vai melhorar a qualidade de vida e dar mais energia para o Zé”, disse Marcelo, “Imagine só o Zé com mais energia”, brincou.

Jogo entre Majestades volta a São Paulo

15 jan

Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michelfernandes@superig.com.br)

Maria Stuart (Isabel Teixeira) e Elizabeth I (Georgette Fadel) duelam em peça

Maria Stuart (Isabel Teixeira) e Elizabeth I (Georgette Fadel) duelam em peça

Depois de uma temporada lotada na Unidade Provisória do SESC Avenida Paulista, entre 2008 e 2009, seguida por apresentações por 35 cidades, somando 100 apresentações, o espetáculo Rainha [(S)] – Duas Atrizes em Busca de Um Coração, dirigido pela Majestade Cibele Forjaz (Um Bonde Chamado Desejo, Vem-Vai – O Caminho dos Mortos, Raptada Pelo Raio, entre outros), volta a São Paulo para curtíssima temporada no Tucarena, a partir deste sábado (16), 21h.

O ponto de partida de Rainha [(S)] é a obra-prima de Schiller, Maria Stuart (cuja versão original, protagonizada por Júlia Lemmerts e Lígia Cortez, pôde ser conferida no Teatro SESC Anchieta), mas apenas as rainhas rivais, Elizabeth I (Georgette Fadel) e Maria Stuart (Isabel Teixeira, Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, edição de 2008, como Melhor Atriz), enfrentam-se nessa arena em que o poder é o centro de todos os medos, de todos os desejos, de toda máquina do opressor versus oprimido.

Presa há 20 anos na corte inglesa e, agora, condenada à decapitação por votação unânime na Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns da corte inglesa, Maria Stuart realiza na ficção o que nunca consegui na realidade: encontrar-se com a rainha Elizabeth I. Além do encontro criado por Schiller, Rainha [(S)] utiliza o recurso metalingüístico, ou seja, as atrizes que interpretam as rainhas narram as partes não encenadas da trama, desnudam os truques utilizados em cena, como o talco que embranquece os cabelos de Maria, sem, no entanto, perder o vigor encantatório em cenas dialógicas ou nos monólogos plenos de lirismo e auto-questionamentos. Continue lendo