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Elias Andreato encarna um catador de palavras e pensamentos

6 nov

Maurício Mellone, especial para o Favo do Mellone – parceiro do Aplauso Brasil (mellone@aplausobrasil.com)

Elias Andreato é “O And@nte”

Em O And@nte, o ator construiu o texto costurando pensamentos, poesias e ideias, tanto suas como de vários poetas, escritores e filósofos. O figurino e o carrinho do andarilho também foram feitos por ele

SÃO PAULO – Exemplo de entrega absoluta à arte do tablado. Este é o retrato de Elias Andreato, revelado em cada trabalho a que se propõe. E em O And@ante, em cartaz no Teatro Eva Herz, esta entrega só se evidencia: o ator encara seu oitavo solo, é o responsável pelo texto, pela direção, compartilhada com André Acioli, além do cenário e figurino. E tudo isto para dar vida a um andarilho, que ao invés de catar objetos e quinquilharias por onde passa, recolhe palavras, pensamentos, poesia e reflexões em busca do conhecimento.

Elias Andreato é “O And@nte”

Vivenciamos um momento de elevação e contentamento: depois de assistirmos ao solo O And@ante, Elias Andreato, após as apresentações, volta ao palco e conta ao

espectador como se deu a composição e elaboração do espetáculo. Disse como costurou pensamentos de diversos autores, como poetas, escritores, dramaturgos e filósofos e como foi buscar inspiração em artistas como Arthur Bispo do Rosário assim como em andarilhos e mendigos das nossas ruas para compor o personagem. Ele dividiu ainda com os espectadores suas angústias, anseios e expectativas diante do mundo atual: Continue lendo

Carretel une bailarinos provenientes de espetáculos do coreógrafo Ivaldo Bertazzo

5 nov

Nanda Rovere, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

“Carretel”

SÃO PAULO – Carretel traz ao Teatro Tuca artistas que participaram de dois espetáculos concebidos pelo coreógrafo Ivaldo Bertazzo, Anatomia do Desejo e Kashmir Bouquet. O bailarino e coreográfo, Rubens Oliveira e o psicanalista Sérgio Ignácio assinam concepção e direção geral. A direção artística é de Rubens Oliveira. Os figurinos são de Joana Porto e a videocenografia de Talita Miranda. A estreia é segunda (5), às 21 horas, para curta temporada. Ficará em cartaz somente entre 5 e 7 de novembro.

O espetáculo de dança, que já passou por São Bernardo do Campo, surgiu da vontade dos colegas de palco se unirem em novo trabalho. A internet possibilitou que todos mantivessem contato no decorrer dos últimos anos e manifestassem o desejo da realização de um projeto em conjunto.

A união teve como meta reviver momentos criativos pelos quais passaram no decorrer dos ensaios com Bertazzo.  A saudade e a amizade que permaneceu, mesmo com o fim das montagens, os impulsionaram a colocar no palco movimentos que buscam o afeto, através do desenrolar da linha e suas formas. Continue lendo

Primeiros apontamentos das Satyrianas 2012

3 nov

Michel Fernandes, para o Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

Adriana Caparelli, Marcello Drumond e Letícia Coura – foto de Ivam Cabral

SÃO PAULO – Não é possível deixar de registrar a emoção ao verificar in loco a reforma da Praça Roosevelt. Desde o retorno d’ Os Satyros a capital paulista – depois de um auto-exílo de quase uma década na Europa – passei a frequentar aquele ambiente, há dez anos soturno e frio, e fui contaminado pelo empenho da companhia em devolver ao lugar – que teve seu apogeu artístico na segunda metade do século passado – seu posto de centro artístico vigoroso. Agora, agregados outros coletivos teatrais como os Parlapatões percebo o que o diretor Marco Antonio Rodrigues afirmou na entrevista inaugural desse site: “os políticos precisam, com urgência, entender o poder transformador da sociedade por meio do teatro”.

“Kabuki Loiro”

Assim, a Praça Roosevelt é o destaque principal das Satyrianas 2012. Participar do evento é celebrar o poder transformador do teatro. Dentre as infinitas ofertas culturais do evento, o dueto intimista entre Adriana Capparelli e Letícia Coura, cujo CD duplo Aos Contrarios coloca vozes e composições da primorosa dupla, apresentado na Tenda Residência, armada na Praça Roosevelt; a performance Kabuki Loiro, que resultará na peça curta homônima que será apresentada no DramaMix às 19h de amanhã, dirigida por Maurício Paroni de Castro e protagonizado por Liz Reis, e Mais do Mesmo, peça curta de Renato Andrade para o DramaMix, se destacaram dentro do que assisti.

Confira aqui a programação completa das Satyrianas 2012

Confira aqui a programação completa das Satyrianas 2012

2 nov

Da Redação (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

SATYRIANAS 2012

SÃO PAULO – Nem só de teatro se faz o Festival Satyrianas. No sábado, 3 de novembro, a SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt, receberá o fórum Arquitetura da Convivência – um bate-papo sobre ações que podem valorizar o convívio das pessoas em espaços urbanos.

Entre os profissionais que apresentarão suas ideias e pontos de vista sobre o assunto estão Gilberto Dimenstein, colunista da Folha de S.Paulo e da rádio CBN; Anna Dietzch, que trabalha entre São Paulo e Nova York e já participou de projetos como a reurbanização da terceira maior favela de São Paulo, o Jardim São Francisco; e Ivam Cabral, co-fundador da Cia de Teatro Os Satyros e diretor da SP Escola de Teatro. 

Fórum – Arquitetura da Convivência

SP Escola de Teatro – Sede Roosevelt

Praça Roosevelt, 210 – Consolação – (11) 3775-8600

Dia 3 de novembro – 16h Fórum –

 

SEXTA-FEIRA, 02 DE NOVEMBRO 00h30 Charutos – (DramaMix) SP Escola de Teatro (Sede Roosevelt) 01h Um Pulmão e Meio – (AutoPeças) Bilheteria Praça Roosevelt 01h30 Pequeno Pasto – (DramaMix) SP Escola de Teatro (Sede Roosevelt) 2h Eu em Ti – (Dança) Espaço dos Parlapatões 2h A Nossa Gata Preta e Branca – (Teatro) Espaço dos Satyros I 2h Roberto e a Filologia das Estrelas – (Teatro) Espaço dos Satyros II Continue lendo

Gandhi, um Líder Servidor amplia a temporada no Ruth Escobar

1 nov

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

João Signorelli é Gandhi

SÃO PAULO – Gandhi, um líder servidor, que traz aos palcos o ator João Signorelli fica em cartaz aos sábados, 19h, até o dia 24 de novembro, no Teatro Ruth Escobar.Miguel Filiage e Bene Catanande são os autores. A direção é de Paulo Moretti.

Como o próprio título sugere, o texto fala sobre o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi e a trama gira em torno de um jejum realizado para chamar a atenção do mundo para a importância da paz.

O objetivo deSignorelli é provocar reflexões sobre a não-violência, fundamentada na integração, cooperativismo e no amor entre os seres humanos.

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Grupos de teatro da Unicamp ocupam a Funarte

1 nov

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

“O Rinoceronte” – Cia Teatro Acidental

SÃO PAULO – O projeto Ocupação Coletivos Unicamp traz à Funarte, sala Carlos Miranda, espetáculos teatrais que representam a cena cultural de Campinas e foram criados no curso de Artes Cênicas da Unicamp. Nove grupos, da nova geração formada na última década pela Universidade de Campinas, ocuparão o espaço: Cia Zero Zero, Cia Galeria 4, Os Geraldos, Cia Quase9 Teatro, Estação Teatro, Academia de Palhaços, Cia Avenida 2 e Honesta Cia de Teatro. A produção e curadoria é da Cia de Teatro Acidental. O evento estreia em novembro, sábado (3), às 21 horas, com o espetáculo O Rinoceronte.

O Rinoceronte é uma livre adaptação da obra de Eugène Ionesco, da Cia de Teatro Acidental. Nesta peça, escrita em 1959, a humanidade se transforma em rinocerontes. A direção é assinada por Carlos Canhameiro.

Ao todo serão apresentados 12 espetáculos adultos e infantis, no período de seis meses (novembro de 2012 a abril de 2013). Continue lendo

Fauzi Arap volta na companhia de Denise Fraga e Cláudia Mello

31 out

 
Cláudia Mello e Denise Fraga em “Chorinho”, de Fauzi Arap

Maurício Mellone, especial para o Favo do Mellone – parceiro doAplauso Brasil  (mellone@aplausobrasil.com)

Com direção do autor e de Marcos Loureiro, Chorinho trata do conflito de uma mendiga e uma aposentada; em encontros numa praça, as diferenças entre elas se desfazem

SÃO PAULO – A peça Chorinho, que proporcionou o prêmio APCA/2007 de melhor autor para Fauzi Arap, está em cartaz novamente, desta vez com Denise Fraga e Cláudia Mello. As sessões, no Teatro Eva Herz, acontecem só às terças e quartas.

Na primeira montagem, Cláudia dividia o palco com Caio Blat. Nesta temporada (a peça já esteve em Curitiba, Belo Horizonte, Florianópolis e Porto Alegre), Denise dá vida à moradora de rua, que observa diariamente a visita da aposentada que cuida das flores e dos pássaros do local. Intrigada, um dia a mendiga quer saber por que a senhora a ignora. Desta primeira conversa cheia de atritos, as duas iniciam uma relação, permeada de discussões, conflitos, confissões e troca de sentimentos. Continue lendo

6ª Semana Ticket Cultura & Esporte traz 300 atividades gratuitas

31 out

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Selton Mello em O Palhaço

SÃO PAULO – O projeto é uma iniciativa da Ticket e oferecerá atividades como exposições, shows, espetáculos teatrais e cinema. As atrações são gratuitas e acontecem entre os dias 5, Dia Nacional da Cultura, e 18 de novembro.

O objetivo da empresa é atingir o maior número de pessoas possível e assim contribuir com a democratização do acesso à cultura e ao esporte.

Entre os destaques estão exposições com entrada franca no MASP e a Caravana da Música do Instituto Sol da Liberdade que promove atividades artísticas para jovens e crianças nas unidades dos CEUS e que contará com a presença da cantora Daniela Mercury. Continue lendo

Espetáculo que percorre as ruas da Barra Funda está de volta

30 out

Redação do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Cia São Jorge volta com epopeia sobre a Barra Funda

SÃO PAULO – Depois de curta temporada e sucesso de público e crítica, o espetáculo Barafonda, da Cia São Jorge de Variedades, faz as suas últimas apresentações na capital paulista. A dramaturgia e direção é da própria Cia e tem a coordenação geral da atriz Patrícia Gifford.

As sessões serão quinta-feira (1º) e sábado (3), às 15 horas, e contarão com a participação das comunidades do Jongo do Tamandaré, de Guaratinguetá (SP) e da Irmandade do Rosário de Justinópolis (MG).

A peça, que tem quatro horas de duração, percorre as ruas mais importantes de um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, Barra Funda. A história do bairro é mesclada com as tragédias gregas Prometeu Acorrentado e As Bacantes. Continue lendo

Os Fofos apresentam a exuberante mestiçagem brasileira

29 out

Os Fofos Encenam “Terra de Santo” – foto de João Caldas

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

SÃO PAULO – Terra de Santo, novo fruto consagrador da excelência do grupo Os Fofos Encenam, coloca no palco com extremada poesia, por meio das cinco fontes religiosas – indígena/ xamânica, judaica, católica/ cristã e afro-brasileira – que comprovam a miscigenação de nossa cultura, um retrato de um Brasil a espelhar a diversidade. O espetáculo fica em cartaz até o próximo domingo (4) no SESC Belenzinho.

Com dramaturgia assinada por Newton Moreno (Agreste, As Centenárias e Maria do Caritó, entre outros) em parceria com os “atores-criadores” que compõem o elenco de Terra de Santo, essa é a terceira peça resultante da pesquisa empreendida pel’Os Fofos Encenam sobre as raízes antropológicas de nossa história tendo como timão a cultura dos engenhos de cana-de-açúcar.

“Terra de Santo” – foto de João Caldas

Similar ao Espaço dos Fofos, sede do grupo situada na Bela Vista, o público é recebido em meio a uma espécie de refeitório  com longas mesas de madeira cobertas por toalhas plásticas  ladeadas por bancos de madeiras em que a plateia se mescla aos personagens sentando-se nos bancos das mesas. Uma cozinha está localizada numa das extremidades da cena. Lá são preparados os quitutes servidos para os cortadores de cana –  carne-seca e mandioca cozida que é dividida com o público – e do coração dessa comunidade (não é à toa que a mesma ocupa o lado esquerdo da cena) jorram os primeiros condimentos de um povo tão diverso que, mesmo num espaço exíguo,  mistura sagrado e profano e resulta num rico caldo que evoca a exuberante mestiçagem brasileira. Aqui, nessa espécie de preâmbulo, são apresentadas as personagens que formam essa máquina do cultivo da cana.

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