Michel Fernandes, do Aplauso Brasil/ iG (Michel@aplausobrasil.com)
Lília Cabral é "Maria do Caritó" - foto de Claudia Ribeiro
SÃO PAULO – Não é apenas a estreia de Maria do Caritó, escrita por Newton Moreno e dirigida por João Fonseca, que chega ao Teatro Faap na próxima sexta-feira (10), depois de quase dois anos de distancia de sua estreia e temporada carioca, que é motivo de festa para Lília Cabral, personagem título da peça. Nascida na Lapa, capital paulista, ela re-encontra no palco “dois grandes amigos”: os atores Fernando Neves e Sílvia Poggetti.
Lília Cabral é "Maria do Caritó" - foto de Claudia Ribeiro
Além dos dois atores, J.C. Serroni (quem assina os figurinos do espetáculo) também integra a trupe de Maria do Caritó. Eles se conheceram no final dos anos 1970, no campus da USP. Lília iniciava carreira cursando a Escola de Artes Dramáticas (EAD). Trabalharam juntos em um grupo e depois cada um deu diferente rumo a sua carreira, “apesar de manterem a amizade, sempre nos comunicando”, segundo Lília Cabral, não voltaram a trabalhar juntos, até que a atriz “encomendou” um texto a Newton Moreno:
“Encomendei uma peça ao Newton e o único pedido que fiz foi que ele criasse um personagem para a Sílvia e o Fernando. Ele me entregou o texto e assim que acabei de ler liguei para a Maria (Siman, produtora de Maria do Caritó) e disse que tínhamos um pequeno tesouro nas mãos”, conta a atriz.
Newton Moreno, pernambucano, um dos fundadores do grupo Os Fofos Encenam – do qual Neves, Poggetti e Eduardo Reyes fazem parte –, escreveu, com enorme sucesso, Agreste e As Centenárias, além de adaptar e dirigir Assombrações do Recife Velho e Memória da Cana que, também localizam seus personagens no sertão nordestino e o texto de Maria do Caritó, localizada no interior do nordeste, traz a mesma poesia da simplicidade focada pelas talentosas lentes do autor.
À beira de completar seu 50ª aniversário, Maria deseja cair nos braços de um amor e se livrar do Caritó – segundo explicação de Newton, “Caritó é uma das prateleiras do mobiliário nordestino que fica escondida o suficiente para que as mães escondam remédios, tesoura, entre outros, de seus filhos. No interior do nordeste, Caritó é o apelido dado às solteironas” –, mas enfrenta a sina de cumprir a promessa de seu pai – a entregar virgem a São Djalminha pela graça de tê-la salvo da morte em seu parto, que custou a vida da mãe – e a “fama” de santa, concedida pelo povo de sua cidade. Até que chega à cidade um circo e seu picadeiro reserva múltiplas surpresas que revelam verdades guardadas em umCaritó que revira a vida de Maria. Continue lendo →
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