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Últimos dias em São Paulo de TôTatiando com Zélia Duncan

26 set

Maurício Mellone, editor do Favo do Mellone site parceiro do Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Zélia Duncan, Luiz Tatit e Regina Braga

Neste final de semana a cantora encerra a temporada paulistana do espetáculo em homenagem a Luiz Tatit. Com direção de Regina Braga, Zélia mistura teatro e música só com a obra do compositor paulista

SÃO PAULO – Quando algo me toma, me emociona, quero logo compartilhar com os amigos a emoção vivida. Foi assim com o espetáculo TôTatiando, em que Zélia Duncan homenageia o cantor e compositor paulista Luiz Tatit. Liguei para algumas pessoas logo que saí do Teatro Tuca avisando que a temporada é curta. E agora insisto: neste final de semana (28, 29 e 30 de setembro) são as últimas apresentações deste trabalho ímpar, em que a cantora mescla teatro e música. Como a marca de Tatit é o ‘canto-falado’, Zélia interpreta as canções de maneira peculiar — mesmo contando com os músicos Webster Santos e Tercio Guimarães ao seu lado, em certos momentos ela não usa a melodia e dá vida aos personagens, interpretando-os no palco.

Zélia confessa ter sido influenciada pela chamada vanguarda paulistana dos anos 80, em que Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e os grupos Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo agitavam o cenário em apresentações concorridas no Teatro Lira Paulistano, em Pinheiros. Deste fascínio, ela se aproximou de Itamar de quem gravou várias canções. Continue lendo

Regina Braga e Zélia Duncan no TUCA

12 set

Nanda Rovere, especial para o Aplauso Brasil (nanda@aplausobrasil.com)

"TôTatiando"

SÃO PAULO – TôTatiando é um espetáculo musical baseado na obra de Luiz Tatit. O objetivo é homenagear o músico e compositor, cujas composições estão sempre presentes nos álbuns lançados por Zélia Duncan. O retorno a capital paulista, depois de estreia no SESC Belenzinho, será neste sábado (15), no TUCA. Em outubro Duncan segue em turnê por diversas capitais, como Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte.

Com direção musical é de Bia Paes Leme, a proposta do projeto é representar as suas músicas, com a criação de personagens. Cada canção contará uma história.

“Não é show. É a proposta de representar algumas de suas músicas, onde eu e minha preciosa diretora, Regina Braga, enxergamos possíveis personagens”, explica Zélia.

A cantora gosta de realizar projetos inusitados. Tem uma trajetória pautada por desafios e o teatro está presente em sua trajetória (chegou a fazer curso de teatro na CAL, Casa das Artes das Laranjeiras, no Rio de janeiro).  Nesse trabalho ela apresentará o aspecto teatral que as obras de Tatit sugerem. Continue lendo

Peça com Denise Fraga encerra temporada com apresentações gratuitas

31 ago

Nanda Rovere, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Denise Fraga e Kiko Marques dividem o palco em "Sem Pensar"

SÃO PAULO – Depois de temporada na capital paulistana e viagens pelo Brasil, Sem Pensar faz três apresentações gratuitas no Memorial da América Latina, dias 05, 06 e 07 de setembro.  Para conferir as sessões basta levar 1 kg de feijão, arroz ou 01 lata de leite em pó. A troca de ingressos no Memorial será a partir do dia 04 de setembro, terça, das 14 às 20h.

Denise Fraga e Kiko Marques em "Sem Pensar"

A montagem é estrelada por Denise Fraga e dirigida por Luiz Villaça, cineasta e marido da atriz, que estreia na direção teatral. Além de Denise, estão no elenco: Kiko Marques, Julia Novaes, Kauê Telloli e Virgínia Buckowski, Verônica Sarno, Isabel Wolfenson e Paula Ravache.

A peça, escri tapela jovem escritora britânica, Anya Reiss, aos 17 anos, fala sobre a falta de percepção de si e do outro no cotidiano de uma família. Apresenta um relacionamento familiar em que reina o amor, mas que devido à falta de comunicação os conflitos são constantes. Continue lendo

Luiz Tatit estreia série de shows com convidados no CCBB-SP

9 jul

Maurício Mellone, editor do Favo do Mellone site parceiro do Aplauso Brasil(aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Jonas e Luiz Tatit por alessandra Fratus

Ao lado do filho, o violonista Jonas Tatit, o cantor e compositor recebe a cada semana um convidado: serão Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Zé Miguel Wisnick e Marcelo Jeneci. As apresentações acontecem às terças de julho em dois horários, às 13 e às 20h

SÃO PAULO – A Canção Sem Fim: Luiz Tatit e seus convidados é o nome da série de shows que o cantor e compositor paulistano apresenta a partir desta terça, no CCBB-SP, bem no centro da cidade. Os shows serão em dois horários: o primeiro na hora do almoço às 13h e o segundo no tradicional happy hour, às 20h.

A estrutura do show é bem enxuta, vozes e apenas dois violões, o do próprio Luiz Tatit e o do seu filho Jonas. A cada semana há um convidado especial; quem abre a série é a cantora Ná Ozzetti, parceira de Tatit desde os tempos do grupo Rumo, nos anos 1980.

Na segunda semana quem sobe ao palco com o músico é a cantora Zélia Duncan, que já apresentou o espetáculo Tô Tatiando em que interpretava as personagens das canções de Tatit. Continue lendo

Começa o 21º Festival de Curitiba

28 mar

Macksen Luiz, especial para o Blog do Macksen Luiz , parceiro do Aplauso Brasilmacksenr@gmail.com)

"Julia", dirigido por Christiane Jatay

CURITIBA – De hoje até o dia 8 de abril, a capital paranaense abrigará o festival de teatro que, na sua 21ª edição , mantém o gigantismo de números e o papel de  vitrine da produção cênica brasileira. Se na edição anterior houve predominância de montagens cariocas, este ano não será diferente. O volume se ampliou com A Peça do Casamento, texto de Edward Albee, direção de Pedro Brício, com Guida Vianna e Dudu Sandroni, em estréia nacional; remontagem de O Casamento, com o mesmo elenco da original, e com os mesmos diretores – João Fonseca e Antonio Abujamra e Escravas do Amor, ambos textos de Nelson Rodrigues; o musical Judy Garland – O Fim do Arco-Íris; Nem Um Dia se Passa Sem Notícias Suas, de Daniela Pereira de Carvalho, direção de Gilberto Gawronski, que também estará como intérprete de Ato de Comunhão;Palácio do Fim, direção de José Wilker; De Verdade, com Kika Kalache e Guilerme Piva, direção de Márcio Abreu, em estréia nacional; Deus É Um DJ, com Maria Ribeiro e Marcos Damigo; Julia, cine-teatro de Christiane Jathay; Obituário Ideal, texto de Rodrigo Nogueira; Rosa, monólogo com Débora Oilivieri; e Estamira, em visceral interpretação de Dani Barros.

Gerald Thomas apresenta Gargólios, espetáculo que estreou em Londres, e o núcleo paulista da sua Cia Ópera Seca, lança o inédito Licht + Licht, com direção de Caetano Vilela.

O Galpão de Minas leva a Curitiba Ecllipse, baseado em Tchekhov, com assinatura do russo Jurij Alschitz. Gabriel Villela exibe Hécuba, Lázaro Ramos, Namíbia, Não!, e Cibele Forjaz, O Idiota – Uma Novela Teatral.

De São Paulo marcam presença Luis Antonio – Gabriela; O Jardim; Equus e O Libertino.

O teatro pernambucano estará representado por Essa Febre Que Não Passa, da Companhia Angu de Teatro, de Recife. Continue lendo

Pina Bausch no Cinema: Encruzilhada Onírica de Linguagens

25 mar

Macksen Luiz, especial para o Blog do Macksen Luiz , parceiro do Aplauso Brasilmacksenr@gmail.com)

"Dance, Dance, Senão Estaremos Perdidos", Pina Bausch

SÃO PAULO – O documentário de Wim Wenders sobre as criações de Pina Bausch é bem mais do que o registro das coreografias de uma das artistas mais instigantes do século 20. Pina 3D, filme de 130 minutos, que utiliza o 3D para aproximar o espectador da pulsão de gestos, que expressam feixe de tensões dramáticas num cenário de sentimentos em permanente fricção, justifica a definição da fundadora da companhia de Wuppertal de que seus bailarinos dançavam o teatro, teatralizavam a dança.

Na captação das imagens de coreografias e de depoimentos de membros da companhia e, mais parcamente, da própria Pina, Wenders é econômico nas palavras. Os closes e o olhar invadem, tridimensionalmente, a tela, como se a platéia pudesse penetrar na cena, perceber suores, ouvir arfares, acompanhar ritmos retirados de mãos batidas nos corpos. Continue lendo

Zélia Duncan pelo sabor das palavras

6 set

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (aplauso@gmail.com)

"TôTatiando" - Foto João Caldas

Surpresa: além de excelente cantora, Zélia Duncan está atriz em TôTatiando, espetáculo musical dirigido por Regina Braga, em curtíssima temporada no Teatro do SESC Belenzinho. O monólogo musical coloca o foco nas canções de Luiz Tatit e a relação da cantora e compositora com o universo musical dos compositores-cantores da chamada “música independente” de São Paulo, da qual Tatit é dos principais representantes.

No princípio do espetáculo, o público habituado com os shows de Zélia, comporta-se como se a mesma estivesse apenas dando corpo e voz àquelas letras que preenchem de poesia o ambiente, cuja cenografia de Simone Mina aliada à luz de Wagner Freire são cúmplices dessa explosão de beleza. Mas, paulatinamente, percebemos a Zélia-intérprete que, guiada pelo talento, delicadeza e elegância de Regina Braga, evidencia que se está diante de um formato prenhe de signos teatrais.

À começar pelas intervenções em que, por meio de pequenos textos, Zélia Duncan fala à plateia sobre momentos de sua vida afetados diretamente pela música produzida pelos “paulistanos independentes” , bem como a delicada introdução da música Dodói em que emociona ao rememorar Itamar Assumpção, outro destacável “independente”, que, semelhante à técnica adotada por um performer, utiliza Continue lendo

Zélia Duncan estreia no teatro

2 set

Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (aplauso@gmail.com)

Zélia Duncan mergulha na obra de Luiz Tatit

Um universo rico em imagens poéticas traduzidas em palavras-canções. Assim é o universo musical de Luiz Tatit que seduziu a intérprete Zélia Duncan ao palco do SESC Belenzinho – a partir deste sábado (3) – em sua primeira aventura teatral, TôTatiando, dirigida pela atriz Regina Braga.

Em entrevista exclusiva concedida ao Aplauso Brasil, Zélia Duncan fala mais sobre TôTatiando.

Aplauso Brasil – Como se dá a dramaturgia no roteiro das músicas? Você selecionou canções por temas, personagens, histórias comuns entre as canções, de forma a criar um enredo, ou são histórias que se encerram a cada canção?
Zélia Duncan – Sim, as histórias se encerram a cada canção e a dramaturgia foi feita a partir disso e de textos pequenos que falam de Tatit e minha relação com São Paulo e sua obra.

AB – Como se deu o trabalho proposto por Regina nas interpretações das canções em TôTatiando? Continue lendo

Sem Pensar revela atriz

4 ago

Maria Lúcia Candeias, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Cena de "Sem Pensar"

É claro que não se trata de Denise Fraga – há bastante tempo admirada pelo público – e sim de uma jovem atriz, Júlia Novaes, que interpreta Delilah, a filha dela na peça.  Formada pelo Teatro- Escola Célia Helena, a mocinha domina o palco tanto em cenas divertidas como nas mais tocantes. E seu talento sobressai sobre tudo o mais em Sem Pensar.

A peça, que está em cartaz desde maio com casa lotada, acaba de prorrogar a temporada até outubro. Escrita por uma inglesa, Anya Reiss, tem como novidade mostrar o absurdo na vida comum das pessoas que não se respeitam e vivem com pressa. Continue lendo

Pela primeira vez o teatro trata transexual seriamente

25 jun

Maria Lúcia Candeias, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

"Luiz Antonio - Gabriela" no Galpão do Folias até 17 de julho

O teatro tem tratado com muita simpatia os transexuais e apresentado com grande humor como é o caso de Tango Bolero e Cha Cha Cha entre outros. A peça que mais se aproximou de tentar combater o preconceito mais ou menos generalizado foi Transex, há alguns anos, de autoria de Rodolfo Garcia Vázquezs. Transex se apresentou nos Satyros com Ivam Cabral como protagonista, enfocando uma personagem extremamente sonhadora,  gentil, delicada em sensível como, acredita-se que,  são muitas mulheres, em comparação aos homens. Em Luis Antonio Gabriela,  Nelson Baskerville tem a coragem de escrever e dirigir uma montagem confessadamente autobiográfica. Trata de um irmão que, sem condições de se dar bem por aqui (como acontece com boa parte dos transexuais), imigra para a Espanha como prostituta.

Aqui quando alguém se dá bem é em salão de cabeleireiro, algumas pouquíssimas vezes no palco e olhe lá. Basta lembrar que a maioria dos condomínios não as aceita como moradoras. Vale lembra que o autor do texto acatou intervenção dramatúrgica de Verônica Gentilin. Mas a brilhante direção (incluindo cenário, iluminação que assina com Marcos Felipe) é só do tarimbado Baskerville mesmo. Continue lendo